Campos tem centro de excelência em atendimento à jovem gestante

Com o propósito de oferecer atendimento a adolescentes grávidas, surgiu há três anos a obra social Semente de Vida. A entidade acolhe as gestantes com todo o aparato necessário para se ter uma gravidez com qualidade de vida.

Ao chegar a Semente de Vida, a gestante é recebida por uma assistente social, que faz o primeiro contato e a apresenta a instituição, à partir daí, na recepção são marcadas suas consultas e exames e após os exames estarem prontos e com o consentimento da médica, a gestante está apta a participar das demais atividades, como hidroginástica, massagem e ateliê de costura.

“Nós pensamos em montar um lugar que não fosse uma clínica, mas um centro de qualidade de vida da gestante. As meninas chegam precisando às vezes mais do atendimento psicológico do que de qualquer outra coisa e nós disponibilizamos esse atendimento que tem sido fundamental para o sucesso do nosso trabalho. Nós pensamos no ateliê de costura, por exemplo, não apenas para elas levarem roupinhas para o bebê, mas para que elas possam conviver com outras meninas que passam pelo mesmo momento que elas e com isso, quem sabe, aceitarem melhor a gravidez”, conta a presidente da Obra Social, Luciana Siqueira.

“Tinha uma grávida que não queria o bebê de jeito nenhum, dizia que ia abortar e que não queria a criança. Uma tarde, no ateliê de costura ela acabou de fazer uma roupinha e colocou em cima da barriga, a criança se mexeu, ela caiu em prantos nunca mais falou em aborto. A criança nasceu e está muito saudável, graças a Deus”, declara Luciana emocionada.

A presidente explica que o número de garotas procurando o atendimento da entidade vem aumentando. “Em dois anos nós já atendemos mais de 1000 mães. No início nós podíamos até abrir exceções e atender mulheres na fase adulta, mas o número de adolescentes grávidas que nos procuram está aumentando muito, e nós primamos pela qualidade no atendimento, a gente entende que só assim vãos garantir a segurança de uma gravidez tranqüila, que é o que essas meninas precisam”, diz Luciana, que está procurando viabilizar o apoio de empresas para ampliar o atendimento da Obra Social, que tem total apoio de seu marido. “Esse é um trabalho que nós fazemos de coração, e ele não gosta que eu diga que ele se esforça para manter a Obra Social, mas eu sei o quanto é difícil”.

A presidente pede a colaboração de empresários que puderem ajudar com doação de fraudas, malhas para confecção de roupinhas de bebê e artigos diversos para as futuras mamães.

“Existem as mães que necessitam de muito mais, como comida e medicamentos, nós colaboramos da forma que é possível, mas precisamos também da ajuda da comunidade”, relata Luciana.

De repente, tudo mudou....
Juliana tem apenas 14 anos, mas já namorava desde os 12. Um descuido e a gravidez caiu como uma bomba nos ouvidos da menina, que ainda tem feições de criança. “Agora estou com três meses de gravidez, no início eu não sabia o que pensar, mas como meu namorado, que agora é meu marido me apoiou muito, na minha casa também, minha mãe apoiou e eu fiquei mais tranqüila, estou feliz porque vou ter o meu neném, mas não aconselho as outras meninas a terem filhos na minha idade, porque existem conseqüências, nossa vida muda, e a criança precisa de cuidados, não é uma boneca, ela tem que comer, tem suas necessidades”, diz a menina, com o olhar perdido, como se quisesse resgatar um momento em que não tivesse tantas responsabilidades.

Rafaela é uma moça que gosta de estudar, trabalha fora e a última coisa que passava por sua cabeça no momento era ser mãe, mas aos 16 anos a notícia da gravidez não mudou os planos da garota que está no segundo ano do ensino médio. “Meu namorado já trabalha e eu tenho consciência que agora mesmo que eu não posso parar de estudar, porque nosso filho vai precisar de uma família sólida”, disse Rafaela, que afirma não ser esse o momento ideal para se ter um bebê. “Aconteceu e eu estou muito feliz, mas não aconselho ninguém a ter um filho tão cedo, o ideal é a gente se estabilizar primeiro”, diz a moça que afirma que nunca poderia pagar por um tratamento como o que ela vem recebendo na instituição.

O tratamento ideal
O médico Wilson Pimenta, pediatra há 30 anos, já trabalhou em muitos lugares e se mostra muito feliz em participar do trabalho da Semente de Vida. “Esse ó tratamento ideal, a criança vem sendo cuidada desde o ventre da mãe, isso é fundamental para a saúde dela”, diz Dr. Wilson, afirmando que se Campos tivesse mais 50 unidades como essa seria a cidade que demonstraria excelência no atendimento à criança e a gestante.

“Aqui o trabalho é feito num todo, tem atendimento psicológico, as meninas se sentem amparadas, os exames tem que ser de qualidade, o atendimento tem que ser de qualidade, é uma pena que não possamos atender ainda mais pessoas”, diz.

Quem puder ajudar a obra social Semente de Vida pode ligar para (22) 27330660. Mais informações no site http://www.brasilsementedevida.com.br .

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Com assessoria

ururau@ururau.com.br

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